Com o objectivo de contribuir para o reconhecimento, protecção e valorização dos edifícios e obras de arte religiosas, bem como de todos os espaços investidos de valor sagrado pelas respectivas comunidades humanas vamos dar a conhecer um pouco dos espaços sagrados da nossa freguesia.
O nome desta terra vem do titular da sua igreja. S.Cipriano foi um santo mártir do séc. III, que deu testemunho de Jesus Cristo com o próprio sangue.
A antiguidade deste lugar é comprovada pelos nomes de alguns lugares e por sepulturas cavadas na rocha que podem ser proto-históricas, talvez mesmo de tempos pré-históricos. Estas existem no alto do Feirão, no cimo da freguesia e próximo do campo de futebol. É difícil a sua observação devido à densidade florestal, nestes lugares.
S. Cipriano como paróquia pode ter sido instituída em finais do séc. XII ou princípio do séc. XIII. Sendo assim, esta freguesia tem um vasto património religioso.
Como imóvel principal, temos a Igreja Paroquial com 32 m de comprimento, 6,5 m de largura na capela mor e 8,25 m na nave. Grandiosa na sua construção e harmoniosa no seu conjunto, é um elegantíssimo templo do séc. XVIII com a torre desempenada, a cantaria perfeita e os pináculos elegantes.
O seu interior é muito belo com uma capela-mor, que para além dos dezoito cadeirais vindos de S. Pedro das Águias, em Tabuaço, que lhe dão um aspecto de catedral, tem também um lindíssimo retábulo barroco de talha dourada. Existem também várias imagens muito valiosas em elegantes altares. Com acesso interior e exterior existe um pequeno salão de reuniões e um importante relógio mecânico do século passado, na torre, cujo mostrador é visível exteriormente.
Outros lugares de culto religioso são as capelas: umas particulares e outras do povo. Actualmente existem aqui, as seguintes capelas do povo:
_ Capela de Santo António, no lugar de Matos;
_ Capela da Senhora da Conceição, em Lagares, recentemente restaurada;
_ Capela da Senhora dos Remédios, no lugar de Nogueira;
_ Capela do Senhor dos Aflitos, no lugar do Monte Calvário;
_ Capela da Nossa Senhora dos Prazeres, no lugar de Covelinhas;
As capelas particulares são:
_ Capela da Senhora dos Prazeres, no lugar da Lagariça;
_ Capela de Nossa Senhora das Graças, em Lagares;
_ Capela de Santa Ana, no lugar do Prado.
Como terra cristã que sempre foi, encontram-se nos caminhos e encruzilhadas, Cruzeiros, Nichos e Alminhas, como sinais de fé e devoção aos santos e às benditas almas. Alguns destes estão abandonados e outros foram recentemente restaurados.
De uma beleza extrema, são de referir as “ Alminhas do Mineiro”. São assim conhecidas pela população, porque quem as construiu foi um homem singular, que um dia veio para esta aldeia “cortar” uma mina e por aqui ficou a exercer a profissão de mineiro e pedreiro, revelando também dotes de curandeiro.
Esta escultura de índole religiosa e popular, evocando o Senhor da Saúde, foram erguidas em 1932. Estas alminhas são muito apreciada por quem aqui passa, pois revelam uma grande criatividade, rigor profissional e uma sensibilidade artística invulgar, na arte trabalhar o granito.
Para além destas, existem também as seguintes alminhas : de Freida, do Brejo, da Lavra, da Cardenha, da Senhora da Conceição, da Portela, de Nogueira, de Covelinhas, da Cruz do Ramalhal, da Casa Nova, de Louredo e Quinta das Laranjeiras.
Recentemente foi erguido o Nicho do Imaculado Coração de Maria, local de culto e devoção muito belo e apreciado pela população e por quem aqui passa.
Como relíquias de fé e património religioso que nos foi legado pelos nossos antepassados, devemos respeitar e preservar para lhes ser dada a sua merecida continuidade.
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